sexta-feira, 19 de junho de 2015

TUTORIA EM EaD


TUTORIA EM EaD


Crédito: Shutterstock


Educação a Distância: fatos mundiais e nacionais
As origens da  EaD,  usualmente, são  apresentadas como  tendo  início  nos  cursos por correspondência, cujo primeiro registro se dá no Reino Unido, em meados do século XIX. Embora seja possível identificar outras experiências desenvolvidas por europeus e norte-americanos, é, realmente, no século XX que a modalidade estende seus domínios a todos os continentes, sendo considerada uma importante aliada da manutenção das relações de produção vigentes (ZAMLUTTI, 2006).
Na sociedade contemporânea, inúmeros são os contextos nos quais a Educação a Distância se apresenta e também são muitos os autores que defendem essa modalidade:
• Preti (1996) afirma que a EaD não deve ser simplesmente confundida com o instrumental ou com as tecnologias a que recorre, mas deve ser compreendida  como uma prática de se fazer Educação.
• Belloni (1999) diz que a EaD aparece na sociedade contemporânea como uma modalidade de Educação adequada e desejável para atender às demandas educacionais oriundas da nova ordem econômica mundial.
• Lobo Neto (2001) defende que a EaD deve ser entendida no contexto mais amplo da Educação e constituir-se em um objeto de reflexão crítica, capaz de fundamentá-la.
• Pretto (2003) acredita que o desafio da EaD é o mesmo desafio da Educação como um todo e  sua discussão precisa estar inserida nas discussões teóricas da Educação, bem como das políticas públicas.
• Alonso (2005) afirma que a EaD não é algo isolado da Educação em geral, pois liga-se à ideia de democratização e facilitação do acesso à escola e não à ideia de suplência ao ensino regular, tampouco à implantação de sistemas provisórios.
Os argumentos utilizados pelos autores se aproximam, pois defendem a EaD como uma modalidade importante e necessária para a democratização da educação.
Belloni (2002) acredita que, para entender o conceito e a prática da EaD, é preciso refletir sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na Educação, e é a partir dessas novas fronteiras que apresentamos a EaD como um fenômeno que faz parte de um processo de inovação educacional mais amplo, o qual integra as novas TICs nos processos educacionais.
Com base nos estudos da autora, propomos a trajetória de desenvolvimento da EaD demarcada por três grandes tendências, considerando a perspectiva do uso de inovações tecnológicas:
• primeira, caracterizada pelo ensino por correspondência – Essa etapa tem seu início no final do século XIX em razão do desenvolvimento da imprensa, dentro da área da comunicação, e das estradas de ferro, na área de transporte. Nessa primeira geração, observa-se grande flexibilidade entre as dimensões de espaço e tempo bem como uma maior autonomia do estudante, manifesto na escolha do lugar para realizar seus estudos e pela separação, quase absoluta, do professor.
• segunda, relaciona-se ao ensino por multimeios – Nesse caso, os meios de difusão são o impresso, os programas de vídeo e áudio com uso de antena e, mais tarde, os computadores, estes, porém, de maneira limitada. Essa tendência desenvolve-se na década de 1960, desdobrando-se na década de 1980, e é, ainda hoje, o modelo predominante na maioria das experiências de EaD.
• terceira, dissemina-se com o uso de TICs – Surge nos anos 90 e caracteriza-se por associar as tecnologias digitais aos meios anteriores. A televisão, as redes telemáticas e os produtos multimídias ilustram algumas das TICs decorrentes do mundo globalizado, que passam a ser incorporadas à Educação, inaugurando novas formas de aprender (GUIMARÃES, 2007).  
Historicizando...
Vamos conversar um pouco sobre a história da EaD para aprofundarmos e  entendermos os avanços desta modalidade. Você já deve ter lido o primeiro capítulo dos Princípios Gerais para a EaD da Seed: “Educação a Distância: contexto histórico”. Esse texto traz um indicativo do que existe sobre EaD ao longo da história. O intuito é termos claro que, apesar da publicidade existente na atualidade, a EaD existe há bastante tempo.
Curiosidade
Para o autor Otto Peters, o apóstolo São Paulo seria um dos pioneiros na utilização de um ensino assíncrono, mediado pela escrita. Isso porque o apóstolo criou epístolas para ensinar a vida cristã às comunidades da Ásia Menor. “Ele usou as tecnologias da escrita e dos meios de transporte para fazer seu trabalho missionário sem ser forçado a viajar (PETERS, 2004, p. 29).”
PETERS, Otto. A educação a distância em transição: tendências e desafios. São Leopoldo, RS: Unisinos, 2004.


Leitura para refletir
As iniciativas  de Educação a Distância, desde o século XVIII, nos mostram que essa idéia não é nova. Dessa forma, o que, então, há de novo para que a modalidade a distância esteja sendo tão difundida nos dias de hoje? Está claro para você o grande diferencial para a difusão da EaD agora, no início do século XXI? O que levou essa modalidade educativa a difundir-se sensivelmente nas últimas décadas?
Sed lex ...
Nossa legislação sobre Educação, de um modo geral, foi construída lentamente, devido a interesses diferenciados. A Constituição de 1934 já apontava para uma lei que estabelecesse Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, mas apenas em 1961 a primeira proposta foi aprovada, após muitas idas e vindas. Em relação à EaD, apesar da modalidade ser utilizada, no Brasil, desde o início do século XX, apenas da terceira LDB, a Lei nº 9.394, sancionada em 20 de dezembro de 1996, tratou do assunto.
Leia, a seguir, o Artigo 80 da referida lei:
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.
§ A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.
§ A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância.
§ As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.
Este artigo  da  LDB  foi  regulamentado  pelo  Decreto   5.622,  de  19  de  dezembro  de  2005,  e normatizado por portarias ministeriais.
Além da legislação que regulamenta a EaD, o Ministério da Educação (MEC) apresenta indicadores da qualidade para cursos de graduação a distância. Os referenciais não têm força de lei, mas norteiam tanto as instituições que desejam organizar sistemas de EaD, quanto as comissões que fazem as avaliações do MEC para credenciamento.
Atividade A- FÓRUM - Discutindo  o conceito de EaD.
Preti (1996) afirma que a EaD não deve ser simplesmente confundida com o instrumental ou
com as tecnologias a que recorre, mas deve ser compreendida  como uma prática de se fazer Educação.
Belloni (1999) diz que a EaD aparece na sociedade contemporânea como uma modalidade de Educação adequada e desejável para atender às demandas educacionais oriundas da nova ordem econômica mundial.
Lobo Neto (2001) defende que a EaD deve ser entendida no contexto mais amplo da Educação e constituir-se em um objeto de reflexão crítica, capaz de fundamentá-la.
E para você, o que é educação a distância?
Neste momento, não busque conceitos prontos, procure elaborar a resposta a partir de sua vivência e daquilo que você já leu ou ouviu falar sobre EaD. Interaja e discuta as diferenças e semelhanças entre os conceitos apresentados por você e pela turma.
2 Refletindo sobre as Mídias na Educação a Distância
Quando tratamos do uso de mídias em Educação, deparamo-nos com diversas possibilidades de interação e comunicação que podem ser potencializadas por recursos como Internet, computador, TV, materiais impressos, rádio, programas televisivos, tele/videoconferências, etc. Observamos que são muitos os recursos midiáticos que podem ser utilizados em atividades educativas. Entretanto, cada um possui encaminhamento, planejamento e objetivos diferenciados, que vão além da disponibilidade do equipamento ou da definição de seu uso para determinada aula ou desenvolvimento de atividades. Na Educação a Distância não é diferente.
Nesse sentido, segundo Kenski (2005), pensar atividades que envolvam o uso de mídias impressas é diferente de pensar no uso do rádio, de programas televisivos, de vídeos ou das mídias digitais. Para essa autora, um mesmo conteúdo sofre alterações, dependendo do recurso que foi escolhido e os suportes que dele pode se beneficiar.
Assim, o que propomos, são algumas reflexões acerca das possibilidades educacionais oferecidas por essas diferentes mídias em cursos na modalidade a distância.
Objetivos.
• Identificar e caracterizar as diferentes mídias para cursos de Educação a Distância (EaD);
• Refletir sobre as funções das mídias em projetos de EaD;
• Discutir sobre a importância da comunicação e interação que as diferentes mídias oportunizam.
2.1-  As Tecnologias de Informação e Comunicação
É interessante observar que, quando pensamos em tecnologia, normalmente  nossa mente nos remete a computadores, Internet, telefones móveis, DVD, entre outros.
Porém, desde os primórdios, o ser humano tem utilizado instrumentos e ferramentas para suprir suas necessidades e conviver com o mundo que o cerca. A transformação da natureza e o aprimoramento técnico dos objetos inseridos no seu cotidiano modificaram a convivência com o mundo. Desde a construção de um simples objeto técnico até o desenvolvimento de grandes máquinas de produção, o homem sempre demonstrou a sua necessidade em utilizar a tecnologia para melhorar sua relação com a sociedade.
A revolução científica e tecnológica, principalmente a partir do século XX, trouxe transformações profundas à humanidade. A crescente industrialização modificou os diferentes setores sociais, entre eles os meios de comunicação. A modernização  desses setores foi um passo importante para a difusão do uso da tecnologia na educação (MACHADO, 2009).
Quando falamos sobre tecnologia na educação, não estamos nos referindo apenas à utilização do computador, mas também a todos os artefatos e objetos que já na antiguidade eram utilizados como “elementos mediadores” (SFORNI, 2010) do processo de ensino e de aprendizagem, tais como livros e lousa.
No campo educacional, as tecnologias são vistas como recursos didático-pedagógicos capazes de auxiliar o professor em sua prática cotidiana. O avanço e a disseminação do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação, representado por recursos como televisão, o computador ligado à Internet, material impresso, entre outros, tem possibilitado a professores e alunos novas experiências educacionais em diferentes tempos e espaços.
Essas novas experiências tornaram-se possíveis  porque, junto com os avanços dos recursos tecnológicos, ocorreu também uma maior acessibilidade à Internet. Dessa forma, foram surgindo novos espaços na web, capazes de propiciar diferentes maneiras de interação e comunicação, possibilitando, assim, um avanço significativo na oferta de cursos na modalidade a distância.

2.2  Mídias na EaD
A denominação EaD deve-se ao fato de essa modalidade superar a distância física entre o aluno e o professor. Ela acontece por meio de diferentes mídias: impressa, rádio, televisão, telefone, fax, computador, Internet, etc.
Várias mídias foram utilizadas desde que a modalidade EaD se instalou no Brasil, seja por meio do material impresso, do rádio ou da TV. As mídias, em nosso texto, significam o suporte no qual se podem veicular e registrar as informações, conteúdos, atividades, etc.
Entre essas mídias, podemos mencionar a mídia impressa, muito utilizada nos cursos por correspondência.  Para esses cursos, o conteúdo era disponibilizado em jornais ou revistas, como encartes, ou eram ofertados por centros de formação que ofereciam os cursos em forma de apostilas. Normalmente, eram cursos técnicos, definidos por temas, que tinham pouca ou nenhuma interação e foram bastante utilizados na década de 1960. As pessoas realizavam as atividades de avaliação propostas e as enviavam, via correio, à instituição,  para avaliação. Essa instituição encaminhava o fascículo seguinte aos que apresentassem rendimento satisfatório, ou solicitavam ao aluno que não havia atingido a média mínima que estudasse novamente o fascículo e refizesse as atividades. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) teve importante contribuição nesse processo, pois atendia todo o território nacional.
A partir de 1970, outras mídias, que já integravam a Educação a Distância, começaram a ser mais exploradas – como o rádio, a televisão, o videocassete e o telefone. Porém, o auge da EaD se deu ao final da década de 1980 e início da década seguinte, com o uso de mídias digitais – o computador e a Internet. 
Mídia Impressa
A mídia impressa é um recurso ainda muito utilizado em cursos na modalidade a distância, tanto como material didático específico, quanto como apoio às outras mídias – TV, Internet, etc. Nessa mídia é possível disponibilizar informações referentes ao curso, sua organização, conteúdos e objetivos, além de ser o principal meio para se chegar aos alunos situados em regiões isoladas, sem acesso a recursos sofisticados.
A mídia impressa destinada a cursos a distância deve apresentar características diferenciadas daquelas normalmente utilizadas em cursos presenciais; por isso, sua linguagem necessita estabelecer uma comunicação dialógica, considerando que não haverá um interlocutor entre o conteúdo e o cursista. Logo, como cita Salgado (2002), o material impresso precisa “conversar” com o aluno.
O texto deve estar claro e objetivo e expressar com precisão a mensagem a ser apreendida, de modo que o aluno, a partir da leitura, possa interpretá-lo, refletir sobre o conteúdo e, por fim, elaborar suas próprias representações. Deve fugir aos padrões dos textos lineares, e propor uma leitura mais híbrida, ou seja, mesclando o conteúdo com múltiplas possibilidades de representação, por meio de conexões com outros temas, contextos, discursos, etc. Em relação à apresentação e disposição textual, deve-se atentar para a diagramação, que necessita constituir-se de forma mais dinâmica e hipertextual.
A opção pela utilização da mídia impressa, em cursos a distância, compreenderá um planejamento, a elaboração e a sua criação, considerando a sua finalidade e o público ao qual se destina. Após sua conclusão, o material deverá ser submetido a uma testagem e posterior análise, a fim de se verificarem as necessárias complementações,  antes de ser finalmente disponibilizado para a utilização.
Mídia Rádio
O rádio certamente já se estabeleceu na sociedade como um grande difusor de informação. Talvez, o que muitos ainda não sabem é que o rádio foi uma das primeiras mídias a serem utilizadas em experiências com educação a distância em todo o mundo.
De acordo com Moore (2007), quando o rádio surgiu, no início do século XX, houve um grande entusiasmo por parte dos professores sobre seu uso no campo educacional. O autor relata que uma das primeiras experiências em termos de programação educativa via rádio data de 1921, quando foi concedida a primeira autorização para a Universidade de Salt Lake City realizar os primeiros cursos a distância.
No  Brasil, a utilização de mídias, como a rádio na EaD, é marcado principalmente pela inauguração da Rádio-Escola de Roquete Pinto, em 1934. As ações pioneiras de Roquete Pinto viriam a se estabelecer de forma mais efetiva nas décadas de 60 e 70, quando iniciou-se uma organização das políticas brasileiras no sentido de consolidar um sistema de ensino baseado em EaD.
O Projeto Minerva, por exemplo, foi uma das grandes experiências brasileiras de transmissão de programas educativos via rádio, ocorrida na década de 70. Destinado especificamente para a qualificação de alunos de 1º e 2º graus, o projeto foi criado a partir de uma parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério das Comunicações. A programação era veiculada diariamente em programas de rádio de todo o país, as emissões do programa atingiram cerca de 300.000 pessoas. (ALONSO, 1996).
Apesar das experiências significativas do uso do rádio para transmissão de programas educativos no Brasil, a sua utilização deixou de ser tão efetiva com o advento da Internet. Isso porque a web tornou possível a integração e convergência das diferentes mídias, facilitando, assim, a disseminação de informações a partir de um único canal.


Rádio web.
Acompanhando a tendência de integração das diferentes mídias para a web, a rádio também passa a migrar seus programas para a rede. Algumas programações são criadas exclusivamente para vinculação na Internet, enquanto outras, que já eram transmitidas no dial, passam a ser disponibilizadas também em programas da rede.
As rádios na Internet ainda estão voltadas para programações puramente musicais, variando com programas de entrevistas e noticiários. A vantagem da rádio online pode estar no maior alcance de escolha da programação pelo ouvinte. Nesses casos a interatividade  parece ser mais evidente.
Não podemos deixar de ressaltar também a existência de algumas páginas que disponibilizam serviços que permitem a qualquer usuário criar sua própria programação e vinculá-la a um blog ou sítio, por exemplo. Contudo, esses serviços ainda são limitados à criação de programação musical. Para produções de áudio, em que o usuário pode criar livremente programas sobre temas diferenciados e vinculá-los à Internet, temos os podcasts.
O termo podcast, de acordo com Barros e Menta (2006), foi utilizado pela primeira vez em 2004, pelo jornalista Ben Hammersley. O termo, naquele momento, era utilizado para referenciar programas gravados em áudio e disponibilizados na Internet. Logo, o podcast não se trata de uma rádio em si, mas de uma programação que pode ser agregada a uma rádio. Outra informação interessante sobre os podcastings é que estes podem ser assinados pelos ouvintes, que podem fazer download das programações que mais lhe interessam.
O  potencial pedagógico desses recursos tem sido utilizado por diferentes profissionais  da educação, que passam a fazer uso dessas mídias também como recursos didáticos nos processos de ensino e de aprendizagem. Nesse sentido, percebe-se que as mídias de áudio na web tornaram-se também grandes aliadas da educação, seja ela presencial ou a distância.
Mídia televisão.
A televisão é praticamente o meio de comunicação de massa com maior inserção social na atualidade, e talvez possa ser considerada, ainda, como aquele que predomina no campo das fontes de informações, principalmente para as classes menos favorecidas.
No contexto educacional, a televisão, o cinema e o vídeo são tecnologias que se apresentam como recursos que podem servir tanto de apoio para desenvolvimento de atividades, quanto meios de veiculação de informações, de programas específicos, e de conteúdos curriculares com vistas ao desenvolvimento de aprendizagens.

A utilização da televisão nas escolas tem se prestado muito mais como um recurso para repasse de vídeos e programas, visando ilustrar os conteúdos curriculares, do que um instrumento de criação e autoria.
Já na Educação a Distância, em que as tecnologias inicialmente foram mais utilizadas como meios para instrução, realização de atividades, e treinamento, a televisão em específico, teve seu ápice na massificação de cursos em que utilizavam as videoaulas, para transmissão de aulas gravadas. Como exemplo, podemos citar os Telecursos de 2º Grau em 1978, o de 1º Grau em 1981, com reformulações em 1981 e 1995.
Atualmente, a inserção de vídeos e sua integração com outras mídias digitais como a Internet, permitem a disponibilização de muitos materiais audiovisuais em tempo real, na transmissão de aulas e eventos, download de sons e imagens, web-aulas, entre outros que têm se apresentando como recursos que implementam, diversificam e enriquecem potencialmente as atividades em cursos nessa modalidade de educação.
Porém, a utilização didático-pedagógica das mídias TV e vídeo, assim como das demais mídias utilizadas como recursos nas atividades pedagógicas,  precisa estar prevista a partir dos objetivos que se pretendem alcançar na realização de atividades educativas, adaptando-as às características da aprendizagem.
Utilizar-se da TV e vídeo nos processos de ensino e da aprendizagem é a possibilidade de unir a eficiência da comunicação e da imagem em prol de uma difusão de cultura, de informações e de conhecimentos, pois além do enriquecimento e da simples informação, é possível difundir fontes e estabelecer relações interdisciplinares,  criando espaços para trabalhos em grupo e discussões.
Computador e Internet
Desenvolvidos principalmente nas décadas de 60 e 70, os primeiros sistemas de computação constituíam-se em grandes equipamentos, que, em alguns casos, ocupavam salas inteiras. As primeiras comunicações via conexão de rede eram possibilitadas por linhas de telefone. (MOORE, 2007).
A partir da década de 90, o uso de computadores pessoais se tornou mais comum em todo o mundo e as inovações tecnológicas possibilitaram  o aprimoramento das grandes máquinas, tornando- as mais potentes e com tamanho cada vez mais reduzido. Também as conexões de acesso à Internet tornaram-se mais rápidas e mais populares (ainda que este serviço não esteja acessível a toda população).
Todos esses avanços tecnológicos  levaram o computador, aliado à Internet, a se tornar uma das principais mídias a serem utilizadas no campo educacional. Inicialmente, passou a ser utilizado de forma mais específica na área da informática na educação, tornando-se, paulatinamente, um recurso didático indispensável na prática pedagógica de qualquer educador.
O computador e a Internet também foram mídias fundamentais no avanço e desenvolvimento de cursos ofertados na educação a distância. A convergência das diversas mídias veiculadas à Internet possibilitaram a criação de novos espaços de interação e comunicação, aproximando ainda mais as pessoas.
Almeida (2003) diz que a EaD, por meio dos ambientes digitais, favorece o desenvolvimento de conhecimentos relacionados à produção escrita para expressar o próprio pensamento, a leitura e a interpretação de textos, hipertextos e ideias registradas por outros participantes.
Participar de um curso a distância em ambientes virtuais e colaborativos de aprendizagem significa  mergulhar em um mundo virtual cuja comunicação se dá essencialmente pela leitura e interpretação de materiais didáticos textuais e hipertextuais, pela leitura da escrita do pensamento do outro, pela expressão do próprio pensamento através da escrita. Significa conviver com a diversidade e a singularidade, trocar ideias e experiências, realizar simulações, testar hipóteses, resolver problemas e criar novas situações, engajando-se na construção coletiva de uma ecologia da informação, na qual valores, motivações, hábitos e práticas são compartilhados. (ALMEIDA, 2003)
De fato, o computador e a Internet trouxeram novas perspectivas de organização e planejamento para cursos desenvolvidos na modalidade a distância. Surgiram novas possibilidades sobre como organizar e potencializar os processos de ensino e de aprendizagem, que se expressam principalmente nos ambientes virtuais de aprendizagem, por meio das ferramentas e recursos como chat, fóruns, web- conferências, escrita colaborativa, entre outros.
Tais  recursos acrescentaram à  educação a  distância maiores possibilidades de  interação, diminuindo consideravelmente  a sensação de solidão e distância, oportunizando a realização  de atividades cooperativas e colaborativas, aproximando professor-tutor-cursistas-demais cursistas, criando assim uma rede de estudos. Os ambientes virtuais de aprendizagem também vieram contribuir para que o professor-tutor realmente desenvolva seu papel de mediador didático-pedagógico, colaborando para a efetivação da aprendizagem.
Vídeoconferência e Teleconferência
Inicialmente, cabe salientar que, apesar de a videoconferência e a teleconferência não serem considerados mídias, esses recursos estão aqui dispostos por utilizarem diferentes mídias na sua aplicação e, ainda, pela sua importância no desenvolvimento de cursos na modalidade a distância.
Para refletir
Digamos que uma pessoa esteja em Curitiba proferindo uma palestra. Simultaneamente, pessoas em outras cidades assistem à palestra pela TV, interagindo com o palestrante e questionando via telefone (0800), e-mail ou fax. A descrição acima se refere a uma videoconferência ou a uma teleconferência?
A videoconferência é uma tecnologia que permite que grupos situados em lugares geograficamente diferentes, possam comunicar-se por meio de áudio e vídeo, em tempo real, como num encontro presencial entre pessoas. Segundo Cruz e Barcia (2000), a transmissão pode ocorrer por satélite ou pelo envio de sinais comprimidos de áudio e vídeo, por meio de linhas telefônicas.
Já a teleconferência se expressa por palestras, exposições, apresentações, via satélite, em que o palestrante faz sua exposição, a partir de um estúdio de televisão. Seus expectadores, alunos/cursistas, recebem a imagem por meio de aparelhos de televisão conectados a antenas parabólicas e sintonizadas num determinado canal. Por ser transmitida ao vivo, os expectadores podem interagir, por meio de fax, telefone ou Internet.
Cruz e Barcia (2000) afirmam que “a teleconferência por satélite é essencialmente uma via de vídeo e uma via de áudio simultâneas, com a utilização de uma via de áudio ou fax como retorno para perguntas ou opiniões”.
A grande vantagem da teleconferência é sua possibilidade de atingir grande número de cursistas/ alunos, dispersos geograficamente, enquanto a desvantagem é justamente o baixo e quase nulo nível de interação.
a videoconferência apresenta a vantagem de proporcionar maior interação, pois os seus componentes podem se ver e ouvir simultaneamente, e o palestrante pode apresentar outros recursos de apoio à sua exposição, como slides, gráficos, transparências, entre outros, e o processo se dá praticamente em tempo real. Sua desvantagem, porém, é o alto custo dos seus equipamentos, sua implementação, instalação e manutenção.
Com efeito, é possível perceber que a diferença entre a videoconferência e a teleconferência  se dá no âmbito da interação, uma vez que a vídeo permite a socialização entre todas as pessoas ao mesmo tempo: todos ouvem e falam sem necessidade de troca de mensagens.
Esses recursos trazem grandes vantagens para a EaD, uma vez que aproxima professores e alunos sem a necessidade do deslocamento, além de alcançar grupos de pessoas dispersos e/ou afastados dos estabelecimentos educacionais.

Atividade B – Portfólio
Quero saber mais sobre mídias.
Propomos uma  reflexão importante:  será que  todas  essas mídias garantem realmente a interatividade em cursos a distância?
Com base nos vídeos assistidos e no texto estudado, escolha uma das mídias apresentadas e escreva sobre sua aplicação na educação, discorrendo sobre casos, artigos e referências de seu uso. Apresente um breve tutorial de uso e/ou acesso.
Você pode utilizar experiências pessoais ou basear sua atividade em pesquisa. (mínimo: 15 linhas)
3 Conhecendo a Tutoria
“O verdadeiro professor defende os seus alunos contra a sua própria influência”. (Amos Alcott)
Certamente, você deve estar ansioso(a) para iniciar os estudos desta temática, pois ela irá tratar diretamente do  seu trabalho como professor-tutor/professora-tutora.
Você tem alguma ideia ou experiência do que seja ser um professor-tutor/professora-tutora?
Pois bem, vamos juntos discutir esse tema que, além de importante, é muito polêmico. Muito se tem falado e escrito sobre a “figura” do tutor. Alguns depositam nela o sucesso de cursos a distância, outros questionam sua atuação efetiva e os resultados de sua ação junto aos alunos.
A Educação a Distância (EaD), por meio dos inúmeros recursos didáticos e tecnológicos, possibilita o acesso à educação para milhares de pessoas antes excluídas do processo educacional, bem como permite a formação continuada de profissionais em serviço.
Na modalidade a distância, o processo de ensino e de aprendizagem não está centrado no professor ou no aluno. Diferentes sujeitos participam e estão envolvidos, fazendo uso de diversos recursos e meios. Assim, na EaD, além do docente responsável pela elaboração do material e/ou do acompanhamento do curso, aparece o professor-tutor como figura importante para o sucesso dessa modalidade de educação (SOUZA, 2004; MASSUDA, 2003; MILL, 2007).
Quem é esse “sujeito”? Quais suas funções e competências?
O que esperar do professor-tutor no Programa de Formação Continuada?
A partir de tais indagações, propomos uma conversa acerca da definição, da função e das atividades de tutoria, uma vez que você fará a diferença nessa modalidade.
3.1  Conceitos de Tutoria
Falar em tutoria  na EaD pressupõe retomar  as várias concepções, historicamente construídas nesse campo educacional e do conhecimento, uma vez que remete a diferentes contextos sócio-econômico- culturais e suas respectivas épocas.
É na história que encontramos as primeiras aproximações do termo tutor e professor. Segundo consta, Aristóteles, aos dez anos de idade, perdeu os pais e, a partir dessa data, foi educado por um tutor. A palavra “tutor” tem sua origem no latim tutore e significa indivíduo encarregado legalmente de tutelar alguém, protetor, defensor. Buscando a significação para a palavra “professor”, encontramos no latim professore “aquele que ensina, mestre, lente”. Por isso, existe a aproximação dos termos tutor/ professor.
Na Educação, as primeiras referências ao termo “tutor” surgem nas universidades do século XV. Tais referências estão ligadas à figura do orientador religioso dos estudantes, que tinha por objetivo impor a fé e a conduta moral. Porém, somente no século XX é que o tutor assume o papel de orientador de trabalhos acadêmicos, significado incorporado aos atuais programas de Educação a Distância (SÁ, 1998).
Do ponto de vista tradicional da EaD, é comum alimentar a ideia de que o professor-tutor dirigia, orientava e apoiava a aprendizagem dos alunos, mas não se envolvia com os conteúdos. Nessa mesma perspectiva, assumiu-se a postura de que os materiais utilizados na EaD seriam autoinstrutores, ou seja, ensinavam sozinhos, cabendo ao professor-tutor apenas acompanhar o processo (LITWIN, 2001). Nesse modelo, “ensinar” era o mesmo que “transmitir” informações, e caberia ao professor- tutor garantir o cumprimento dos objetivos, servindo de apoio ao programa (LITWIN, 2001).
Com o desenvolvimento da EaD, configuraram-se novos papéis aos atores que envolvem os processos de ensino e de aprendizagem na modalidade. Esse contexto vem ressignificar o papel do professor-tutor.
Na verdade, o que caracteriza esse trabalhador  é a sua função de mediador didático-pedagógico nos processos de aprendizagem.
Um bom professor será um bom tutor, na medida em que crie propostas de atividades para a reflexão, apoie sua resolução, sugira fontes de informação  alternativas, ofereça explicações, facilite os processos de compreensão; ou seja, guie, oriente, apoie; é nisso que consiste o seu ensino (LITWIN, 2001).
Um bom professor-tutor orienta a realização das atividades, não apenas mostrando a resposta correta, mas oferecendo novas possibilidades de informação, interpretação, reflexão, compreensão e (re) construção do conhecimento. “Guiar, orientar, apoiar” são atos e responsabilidades tanto do professor como do professor-tutor na modalidade a distância.
3.2  Tutoria Presencial e a Distância
A tutoria presencial
Como trabalha um tutor presencial? No presencial, a figura existente não é a do professor?
A tutoria presencial, segundo Mill (2007), “é composta pelo grupo de educadores que acompanha os alunos, presencialmente, com encontros frequentes ou esporádicos”. O professor-tutor presencial está junto aos alunos, face a face, promovendo interação com os conteúdos, com o professor e com outros alunos, utilizando-se também, em alguns momentos, de tecnologias. Esse contato ocorre em virtude da utilização de qualquer mídia: TV, vídeo, web, impressa ou ainda, combinando algumas delas. Nesses encontros, o professor- tutor é quem encaminha o processo de contato do aluno com o conteúdo, orientando, acompanhando e provocando sua aprendizagem.
A tutoria presencial permite atendimento  individualizado e em grupo, facilita a organização de grupos de trabalho cooperativo e colaborativo e é essencial em aulas práticas.
Na educação a distância, em que se prevê a figura do tutor presencial, é necessário espaço próprio e estruturado para os encontros: sala de aula/sala de estudos com computador conectado à Internet, TV, vídeo, o material impresso do curso e os manuais (do aluno, do tutor, do professor).
A tutoria a distância
Mill (2007) afirma ser a tutoria virtual ou tutoria a distância, dedicada ao acompanhamento dos educandos virtualmente (a distância), por meio de tecnologias de informação e comunicação”.
Uma vantagem da tutoria a distância é que aluno e professor-tutor não precisam estar no mesmo local para que haja comunicação entre eles. Em casos de contato por e-mail/lista de discussão e/ou fórum, não precisam, sequer, estar conectados ao mesmo tempo.
As ferramentas síncronas de comunicação, como o telefone e os sinalizadores de presença (Msn- Messenger, Yahoo-Messenger, Google Talk, entre outros), permitem atendimento individualizado; já outras, como chat, permitem atendimento coletivo e/ou individualizado.
A importância  da função do professor-tutor na EaD deve-se, entre outros fatores, ao fato de ele ser o contato imediato do aluno, isto é, aquele que acaba representando a instituição que oferta o curso, fornecendo- lhe todas as respostas de que necessita para a sua realização. Para Moran (2007), “é fundamental  o papel do professor-orientador na criação de laços afetivos. Os cursos que obtêm sucesso, que têm menos evasão, dão muita ênfase ao atendimento do aluno e à criação de vínculos”. Para tanto, o professor-tutor precisa estar atento ao desenvolvimento  desse vínculo, além das suas demais atribuições.
Mas afinal, quais são essas atribuições?
Ao longo do texto, fomos apontando algumas reflexões acerca dessas atribuições. Vamos discutir agora, com mais calma, as que são praticadas, de maneira geral, pelos professores-tutores  e as que se encontram contempladas no Programa de Formação Continuada para a Educação a Distância, como funções específicas.
3.3  Diferentes Atribuições da Tutoria
Até aqui, pudemos observar diferentes atribuições e funções destinados ao professor-tutor. Mas, afinal, qual é o perfil que se espera desse profissional?
Mill (2007) discorre que, com o desenvolvimento da EaD, novas figuras surgiram para esses profissionais no trabalho docente.
A relação ensino-aprendizagem nesse contexto conta, por exemplo, com o docente-tutor. Entre as denominações atribuídas a este docente percebemos tutor virtual, tutor eletrônico, mentor, tutor presencial, tutor de sala de aula, tutor local, orientador acadêmico, animador e diversas outras. O que caracteriza este trabalhador é sua função de acompanhar os alunos no processo de aprendizagem, que se dá, na verdade, pela intensa mediação tecnológica. Justamente por ser um novo parceiro na construção do conhecimento e pela falta de práticas e modelos educacionais aos quais pudemos ter acesso, o trabalho do tutor requer atenção e cuidado de toda a equipe envolvida em EaD. (MILL, 2007)
Para o autor, o docente-tutor é visto como elemento chave para o desenvolvimento do aluno ao longo do curso. O artigo propõe, ainda, discutir a importância do trabalho do tutor-docente, do tutor a distância e do virtual, e compreender  as características e as especificidades do seu trabalho.
O professor-tutor, portanto, tem papel fundamental no sucesso dos Programas de Educação a Distância, porém, é preciso estabelecer ainda, no planejamento do curso, quais são essas atribuições e relacioná-las diretamente com o material, com o ambiente, com o curso, com a avaliação e com o cursista.
3.4  O Tutor e as diferentes Mídias
Já verificamos as atribuições do professor-tutor e também que a EaD lança mão de diversas ferramentas para sua efetivação. Moran (2007) discorre que:
[...] nos cursos a distância haverá modelos pela TV digital ou plataformas multimídia web, com alguns momentos de aulas ao vivo ou gravadas, atividades de leitura, pesquisa, com momentos de orientação dos professores e avaliação de compreensão de conteúdo (MORAN, 2007).
                   Saiba  mais
Definições disponíveis na web:
“Netiqueta é a etiqueta que se recomenda observar na Internet. A palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas palavras: o termo inglês net (que significa “rede”) e o termo “etiqueta” (conjunto de normas de conduta sociais). Trata-se de um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações via Internet, especialmente em e-mails, chats, listas de discussão, etc.” (Wikipédia)
“Um conjunto de regras de etiqueta para o uso socialmente responsável da Internet, ou seja, o modo como os usuários devem proceder na rede, especialmente na utilização de correio eletrônico” (Glossário tecnológico).
Também cabe ao professor-tutor a criação e manutenção de “uma rede de comunicação aberta entre os participantes, promovendo a socialização das idéias e permitindo a construção coletiva de saberes em comum” (MILL, 2007). Para isso, ele precisa estar atento às colaborações dos alunos, levando-os a novas interpretações,  reflexões e participações.
O uso de mídia televisiva na EaD traz, além do adequado planejamento da atividade, outras exigências ao professor-tutor, como saber manusear o equipamento, sintonizando o canal via satélite (caso seja transmissão ao vivo), ou cuidando da verificação e adequação do volume, de modo a todos os alunos ouvirem, com qualidade, o que está sendo transmitido.
Para Moran (2007), não faz sentido o uso da mídia televisiva sem discussão. Nos casos de uso de vídeos, o professor-tutor precisa preparar o encontro, identificar os pontos em que utilizará a tecla “pause”, por exemplo, quando forem encontros presenciais. Anotar os pontos (cenas, falas) que deseja focar na discussão, não fazer juízos de valor antes da exibição, permitindo, no dizer de Moran, “que cada um possa fazer a sua leitura”, independente da discussão ser presencial ou a distância. O professor- tutor deve perceber ou buscar saber dos alunos a necessidade de repetir ou não o vídeo. Elaborar um roteiro de trabalho é um bom caminho para não perder a reflexão em cenas que não levam ao ponto principal da discussão.
No caso de transmissões ao vivo, em uma sala presencial, cabe ao professor-tutor  fazer a mediação didático-pedagógica, selecionando criteriosamente os questionamentos que serão enviados ao professor pelo meio de comunicação previamente combinada: telefone, e-mail, fax. Nas teleconferências, cabe ao professor-tutor um papel de orientação, de uso e manuseio do equipamento, por exemplo, verificação do volume da voz do aluno ao dirigir-se ao professor ou o melhor lugar para a realização dessa interação, levando em conta critérios de distância e iluminação.
a Internet permite diversas formas de comunicação e interação entre professor-tutor e alunos. Tanto nos fóruns de discussão, como nos e-mails, programas sinalizadores de presença, chat, blogs, etc., há a necessidade de o professor-tutor estar, continuamente, instigando a participação dos alunos, chamando-os a opinar, a colaborar e interagir com os demais colegas.
A relação próxima entre o professor-tutor e o professor conteudista é necessária para que o primeiro tenha familiaridade com o material disponibilizado para o aluno. Essa familiaridade é essencial para que o professor-tutor  possa desenvolver bem seu papel.
Nesta temática, buscamos discutir a função do professor-tutor,  suas ações, o que lhe cabe como tarefa nos processos de ensino e de aprendizagem. Para isso, conhecemos alguns conceitos de tutoria, as atribuições do professor-tutor nos momentos presenciais e a distância, a necessidade de interação com o professor conteudista e com os alunos, bem como sua afinidade com o material didático e os recursos tecnológicos disponíveis.
Atividade C- Atribuições do Tutor em EAD – Fórum
Levando-se em conta que o professor-tutor é o mediador didático pedagógico do conhecimento, discuta com seus colegas qual seria a sua principal atribuição durante o desenvolvimento das atividades de um curso a distância. Não se esqueça de tecer comentários sobre as atribuições apontadas por seus colegas.

















REFERÊNCIAS
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2 comentários:

Tecnologias na Educação disse...

Esse texto é muito interessante, pois abre um leque de informações positivas acerca da educação a distância.

Alessandra disse...

Bom dia, tutora.

Estive visitando os blogs da turma e percebi que, no máximo entre 5 e 7 cursistas se aproximaram, de fato, do formato da atividade sobre registro digital da experiência, atentando para a produção de um hipertexto.

Diante do exposto, pergunto se os registros digitais da experiência do desenvolvimento do plano de trabalho proposto na Unidade II, não postados até o dia 14 de agosto de 2015, serão considerados para fins de avaliação?

Respeitosamente e no aguardo: Alessandra Cunha

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